quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ensino Público


O histórico do ensino médio público nacional não é dos melhores. A algum tempo atrás nao existiam sequer vagas suficientes na rede pública para aqueles que queriam frequentar o ensino médio. Apesar da questão de vagas ter sido "resolvida" o sistema enfrenta ainda uma série de problemas.
Como professor voluntário de um grupo que visa a inclusão educacional e social de pessoas carentes a quase um ano notei que muitas das escolas possuem sequer infra-estrutura para que o professor possa ministrar uma aula sequer, ausência de materias como esquadros, réguas mesmo giz e lousa (muitas estão quebradas). O aluno já entra na sala de aula desanimado pois a própia escola não lhe passa a confiança de que ali se formar os proficionais que "constroem" a sociedade no geral.
Um segundo fator, tão importante quanto, é a progressão continuada que infelizmente nos entrega alunos de 3° colegial totalmente crus, sequer sabendo resolver uma divisão com vírgula. Política burra, de dar um "jeitinho", que com certeza já comprometeu o futuro de 1/2 geração, atualmente estimo que 85% de meus alunos de 3°colegial/cursinho não tem condições nem uma de enfrentarem uma prova de vestibular. A falta de conteúdo desses 85% compromete o curso da aula , prejudicando os 15% que também perdem suas chances de sairem com sucesso da prova.
O fator mais preocupante, entre todos que prejudicam a qualidade do ensino nacional, é o emprego do "professor substituto". Salvo excessões, acredito que essa classe de proficionais é formada pelo pior tipo de elemento, mesquinho, egoísta que a sociedade tem a oferecer. Tratam-se de professores que substituem os professores fixos, substituição que deveria ser temporária mas se torna permanente. Porém, ao que tudo indica, para se tornar um professor substituto do estado nao é nescessário o mínimo de conhecimento relativo a disciplina que irá ministrar, é preciso apenas e prestar um concurso mediocre e estar disposto a enganar os alunos. Pra piorar o a seleção de profissionais pra esse cargo deu espaço (em muitos casos) ao "cabide de emprêgos".
Quase sem excessão, tal professor chega a sala de aula sem preparo algum e enrola os alunos durante todo o ano letivo, nem se preocupando em fingir que dão aula (pois são irmãos, tios ou primos dos diretores do colégio). Já recebi inumeras reclamações de alunos revoltados com professores de matemática que não sabem o valor do seno de 90° ou de física e falam o ano inteiro a respeito da "aurora boreal", afinal, segunto tais professores, física nao tem conta !!!
Muito me admira sequer o governo falar em "cotas" para os alunos oriundos de escola públicas, sem antes revisar todo o sistema de ensino fundamental e médio nacional.

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